REFLETINDO ACERCA DA CONTRIBUIÇÃO DA CULTURA QUILOMBOLA AOS CURRÍCULOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA BRASILEIRA, ATRAVÉS DA PRESENÇA DA HISTÓRIA DA ÁFRICA E AFROBRASILEIRA
Palavras-chave:
Educação escolar Quilombola, História da África e Afrobrasileira, Lei 10.639/03, CurrículoResumo
Entre as principais formas de resistência escrava empreendida por africanas, africanos e seus descendentes ao sistema escravista brasileiro, estão os quilombos. Compreendidos como espaços coletivos de liberdade e de projetos políticos calcados em uma maior autonomia, foram exemplos de sociedades possuidoras de marcantes vínculos com tradições africanas. Nesses quilombos tradicionais foi possível a mescla de aspectos culturais diversos, como as religiões, crenças, costumes, organização social, etc., elementos afrodiaspóricos que ainda se mantém em muitos de nossos quilombos contemporâneos. Com a Abolição da escravidão no Brasil não houve sequer uma política pública preocupada em integrar os recém-libertos à sociedade nacional, contudo, mais recentemente, através de lutas e reivindicações do Movimento Social Negro, muitos direitos sociais foram conquistados, em especial, o Artigo 68 do ADTC, a Lei 10.639/03 e a Resolução Nº 8 de 20 de novembro de 2012. Nessa perspectiva, a partir de referenciais teóricos acerca da formação de quilombos em território brasileiro e de uma nova historiografia que aponta protagonismos africanos e negros, o texto que segue traz reflexões fundamentais acerca da possibilidade concreta de que aspectos da cultura quilombola possam estar presentes nos currículos escolares da Educação Básica brasileira, através de elementos da História da África e Afrobrasileira e da conjugação de significados, demandas e especificidades históricas e culturais quilombolas.
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