MULHERES QUILOMBOLAS E EDUCAÇÃO
Palavras-chave:
Educação, Mulheres quilombolas, TrabalhoResumo
O Programa de Extensão “Formação Docente e Políticas Educacionais para Quilombos: Continuidades e Perspectivas”, da Universidade Federal de Pelotas, foi desenvolvido nos municípios de Canguçu, Piratini, São Lourenço e Pelotas e tem por objetivo mapear a situação da educação escolar nestes quilombos. Neste percurso, um dos aspectos emergentes, é a situação das mulheres quilombolas que, na sua maioria não ultrapassaram os anos iniciais de escolarização e, muitas delas, nunca chegaram a ingressar na escola por conta de diferentes motivos, entre eles, uma luta pela sobrevivência que as remete a intensivas formas de trabalho tanto no interior da própria comunidade como fora dela. Contudo, nessa complexa relação com um trabalho, na maior parte das vezes voltado à agricultura e desprovida de direitos, se constitui como protagonista de formas peculiares de articular a sobrevivência material às dimensões culturais do seu grupamento étnico que produzem brechas a ciclos de inferioridade e dominação sob a dimensão de gênero/etnia. A luta pelo acesso à escola, à educação infantil, tem sido uma reivindicação histórica, principalmente das mulheres negras, cuja inserção em trabalhos domésticos é majoritária; sua inserção na luta, também, é acompanhada na maioria das vezes, por filhos/as que desde a mais tenra idade as acompanham e vão se politizando como gerações que irão modificando os rumos da histórica.
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