A REPRESENTATIVIDADE NEGRA NOS TAMBORES DA UMBANDA
Palavras-chave:
Educação, Umbanda, ResistênciaResumo
O texto que segue integra uma pesquisa em desenvolvimento junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pelotas que discute a Umbanda como espaço de educação através das narrativas dos seus Caciques. A Umbanda é uma religião genuinamente brasileira, anunciada em 1908, que se caracteriza pela união de quatro segmentos da cultura Brasileira. É composta por preceitos Cristãos, pela doutrina espírita Kardecista e pela influência direta de povos indígenas e africanos que compuseram a formação do país. A Umbanda traz consigo a ancestralidade negra, representada através do arquétipo das entidades dos pretos-velhos, espíritos de escravos negros brasileiros ou africanos. Representam a sabedoria e o respeito pelos mais velhos, e é atribuída a essas entidades a função de minimizar o racismo existente desde muito tempo, pois para respeitar essas entidades, se faz necessário o resgate do respeito à diversidade étnica a qual somos constituídos enquanto nação brasileira. Além de ser componente fundamental na formação doutrinária da Umbanda, a etnia negra está inserida diretamente através dos sujeitos que praticam esses rituais, os quais se encontram, em sua grande maioria, nas periferias das cidades. A Umbanda é também entendida como componente da identidade negra em um sistema de resistência e perpetuação da cultura afro-brasileira, trazida pelos seus ancestrais quando aqui chegaram. Nesse sentido, a partir de referencial bibliográfico e observações empíricas, o texto discute a contribuição negra no interior de um terreiro de Umbanda em Pelotas/RS, privilegiando a potência educadora na fala de seu Cacique.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.