Apocalipse 10
bases textuais para a consolidação de uma memória adventista a partir de seu evento fundante
Palavras-chave:
Memória, Apocalipse, Adventismo, Ellen G. WhiteResumo
O adventismo do sétimo dia nasceu de um movimento liderado anteriormente por William (Guilherme) Miller, o qual apregoava que Jesus Cristo voltaria à Terra perto do ano de 1844. Como, logicamente, Jesus não regressou, os membros remanescentes daquele movimento buscaram uma resposta para esse desapontamento. Aqui entra em cena Apocalipse 10:9-10, que narra a história de um pequeno livro que era “doce como mel” na boca do profeta, mas “amargo no estômago”. Tal profecia foi interpretada por esse movimento como se referindo ao acontecimento de 1844, dando-lhes uma memória fundante. Dentro desse contexto, o presente artigo se debruça sobre tal história e teologia para entender como se processaram tais transformações, construindo-se as fronteiras identitárias que ainda formam e dão significado a esse grupo. Para tanto, buscam-se nos estudos das memórias instrumentalizações para entender tanto a história como a interpretação teológica de tal texto.