Estudos Teológicos
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<div id="journalDescription"> <p><strong>Estudos Teológicos </strong>é um periódico semestral do Programa de Pós-Graduação em Teologia da Faculdades EST publicada nos formatos impresso e eletrônico. A revista publica textos inéditos e revistos em português, espanhol, alemão e inglês de pesquisadores/as nacionais e estrangeiros/as na área de Teologia ou Ciências da Religião, eventualmente em interface com outras áreas do saber no âmbito das Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas, atuando como um canal de socialização do conhecimento teológico e de pesquisas que apresentem temas relevantes à teologia e à religião.</p> <p><strong>Qualis (2017-2020): A3</strong></p> <p><strong> ISSN 2237-6461 (eletrônico)</strong></p> </div>Faculdades ESTpt-BREstudos Teológicos0101-3130Proclamação, Pacificismo e Resistência
http://198.211.97.179/periodicos_novo/index.php/ET/article/view/2709
<p>Para que exista um projeto claro e convincente de transformação social e política, as pessoas precisam ser a favor de algo, e não apenas contra aquilo que desaprovam, além de terem a capacidade de imaginar alternativas viáveis. É necessário imaginar um futuro que torne a resistência válida, mas essa capacidade está faltando porque nós, humanos, esquecemos quem somos. Dietrich Bonhoeffer afirma que a principal tarefa da teologia é compreender o mundo melhor do que ele se entende, a partir do evangelho e de Cristo. No coração do evangelho está o Sermão da Montanha, que ele resume como “a proclamação do amor encarnado de Deus”, que “chama as pessoas a amarem umas às outras e, assim, a rejeitarem tudo o que impede o cumprimento dessa tarefa”, sendo o maior obstáculo a incapacidade de amar os inimigos e renunciar à violência. Juntas, a proclamação e o pacifismo fornecem a base para uma teologia política para a igreja: a recapitulação de toda a criação na vida, morte e ressurreição de Cristo. Bonhoeffer enfatiza o papel da imaginação para sustentar uma resistência significativa ao mal, e ele associa a atual falta de imaginação da igreja à perda da memória moral. As características que os seres humanos precisam para florescer — justiça, verdade e beleza, em particular — exigem tempo e firmeza, que só são cultivados dentro de uma memória moral viva.</p>Barry Harvey
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2024-07-052024-07-0564110.22351/et.v64i1.2709Verbundenheit
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<p>O foco deste artigo está no fundamento pessoal de Dietrich Bonhoeffer e no alicerce pessoal e encarnacional de resistência tanto ao mal individual quanto sistêmico, dentro do paradigma pessoal de Deus em Cristo, mas também em conexão firme com aqueles a quem estamos ligados em amor e ação justa. Além disso, aborda o contexto pessoal de Bonhoeffer, incluindo, em particular, seu profundo e inabalável vínculo com sua noiva, Maria von Wedemeyer. As fontes para o estudo incluem <em>Comunhão Cristã</em>, <em>Cartas e Anotações da Prisão</em> e <em>Cartas de Amor da Cela 92</em>, sua correspondência com Maria von Wedemeyer, em grande parte não encontrada em <em>Cartas e Anotações da Prisão</em>.</p>Guy Christopher Carter
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2024-11-052024-11-0564110.22351/et.v64i1.2727O Livro de Orações da Bíblia de Bonhoeffer
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<p>O livro dos Salmos tem encantado leitores judeus e cristãos ao longo dos séculos. Embora seja uma coleção de textos do povo judeu, o impacto do Saltério no cristianismo evidencia-se tanto nas inúmeras citações dos Salmos no texto do Novo Testamento quanto na liturgia e nas orações das comunidades cristãs. Os Salmos sobrevivem com força nas liturgias, meditações e preces individuais. Como textos portadores de uma proposta de espiritualidade ímpar, o uso dos Salmos transcende o espaço religioso e confessional. Este texto volta sua atenção para a percepção que Dietrich Bonhoeffer tem dos Salmos. Destaca as observações de Bonhoeffer acerca do Saltério e a interpretação que ele faz de alguns Salmos. Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica. Analisa escritos de Bonhoeffer sobre o tema. Defende a tese de que, para compreender Bonhoeffer e seu martírio, é necessário compreender o papel dos Salmos e da oração em sua vida.</p>Flávio SchmittAlexander Buch
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2024-11-072024-11-0764110.22351/et.v64i1.2700Sobre o significado e a compreensão de vocação-trabalho em Martinho Lutero e em Dietrich Bonhoeffer
http://198.211.97.179/periodicos_novo/index.php/ET/article/view/2738
<p>O presente artigo apresenta o significado de vocação-trabalho em Martinho Lutero e em Dietrich Bonhoeffer. No primeiro capítulo, a temática é introduzida especialmente a partir do escrito “A história da palavra vocação (<em>beruf</em>)” publicado por Karl Holl, professor de teologia sistemática na Universidade de Berlin. Holl foi responsável pela retomada dos estudos sobre a teologia de Lutero na década de 1920 e foi professor de Dietrich Bonhoeffer. Seu intuito foi evidenciar a grande mudança trazida por Lutero quanto ao tema vocação-trabalho. A análise de Holl é acrescida de outros detalhes que considerei importantes ao aprofundarem e ampliarem a compreensão sobre o tema. No segundo capítulo, é apresentado o significado de vocação-trabalho para Martinho Lutero. É evidenciado com alguns detalhes a reorganização da compreensão de vocação-trabalho feitas pelo reformador destacando seus desdobramentos teológicos e sociológicos. Por fim, no terceiro capítulo, é apresentado o contexto teológico de sobre o qual Bonhoeffer desdobra a sua compreensão de vocação-trabalho, a partir da responsabilidade da humanidade redimida em Cristo. A intenção é demonstrar a influência de Lutero na compreensão de Bonhoeffer do tema, mas também apresentar sua ampliação e as discussões de fundo relacionadas às <em>ordens da preservação. </em>Vocação-trabalho, para Bonhoeffer, é um dos meios pelos quais o ser humano redimido exerce a sua responsabilidade para com a outra pessoa, percebendo sua atividade como aquela que deve ser exercida na perspectiva da preservação e promoção de vida da alteridade.</p>Wilhelm Sell
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2024-07-052024-07-0564110.22351/et.v64i1.2738Religião e política
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<p>O segmento religioso que se identifica como sendo evangélico tem tido já há alguns anos crescimento numérico expressivo no Brasil. Com o aumento da visibilidade evangélica na sociedade tem crescido também o envolvimento na política brasileira. O presente artigo tem como intenção analisar a atuação de parlamentares evangélicos na segunda década do presente século à luz da ética teológica do teólogo luterano alemão Dietrich Bonhoeffer (1906-1945).</p>Carlos R. Caldas FilhoKarina Fonseca Soares Rezende
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2024-07-052024-07-05641Bonhoeffer e a neoteocracia
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<p>Nos últimos anos, foi possível perceber um crescimento do número de candidatos evangélicos e do espaço que eles ocupam nas bancadas parlamentares. Sendo assim, houve – e ainda há – um movimento político que se identifica como direita e como cristã que tenta dominar o governo para instaurar o que João Décio Passos chama de neoteocracia, isto é, o governo de um líder religioso que representa o divino. Este fenômeno tem três crenças principais: um Deus <em>pantocrator</em>, uma guerra entre o bem e o mal e um líder mitológico. Estes aspectos também foram percebidos na Alemanha nazista e, por isso, a crítica bonhoefferiana ressurge como uma voz necessária para o Brasil atual. Diante do Deus <em>pantocrator</em>, Bonhoeffer argumenta que se deve viver no mundo em que Deus parece não estar; em uma perspectiva bélica e dual, Cristo é o centro de toda criação; por fim, o líder mitológico não passa de um sedutor que deseja ocupar o trono do Nazareno. Por meio de uma pesquisa bibliográfica, o presente artigo tem por objetivo apresentar a crítica de Dietrich Bonhoeffer à aproximação entre religião e política, observada aqui no contexto das eleições brasileiras de 2018, na percepção de um alinhamento entre a direita brasileira e os “evangélicos”, com consequência para a democracia nos anos seguintes.</p>Cesar Augusto KuzmaFilipe Costa Machado
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2024-07-052024-07-05641Uma Igreja Cristocêntrica, Koinônica e Diaconal
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<p>O presente artigo objetiva destacar as dimensões da eclesiologia de Dietrich Bonhoeffer, cujo desenvolvimento é percebido na sua trajetória teológica. Essa trajetória prosseguiu evoluindo tendo subjacente a busca constante pelas concreções da revelação na atualidade, embora interrompida em decorrência da sua opção pastoral e adesão à conspiração contra Hitler e o nazismo. O alicerce eclesiológico no qual seu pensamento teológico é erguido estabelece também uma ponte com a teologia prática, uma vez que as intuições despontadas se apresentam como resultado do engajamento pessoal nos desafios pastorais de seu tempo. Assim, a análise sobre a trajetória teológica de Bonhoeffer, a partir dos seus principais escritos, torna possível verificar e tipificar suas concepções eclesiais, sistematizadas nesta reflexão em três dimensões: comunhão (<em>koinonia</em>), centralidade na pessoa de Cristo (cristocentrismo) e serviço (<em>diakonia</em>). Tais aspectos constitutivos e sistematizados de sua eclesiologia, uma vez que recebe o olhar da teológico-pastoral, permite classificá-la em perspectiva cristocêntrica, koinônica e diaconal, contribuindo para reflexão do pensamento deste teólogo sobre os estudos eclesiais contemporâneos, fundamentalmente nos contextos latino-americano e brasileiro.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Dietrich Bonhoeffer; Pensamento eclesiológico; Teologia pastoral.</p>Gerson Lourenço Pereira
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2024-07-052024-07-05641"O grande baile de máscaras do mal”
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<p>Partindo de um texto redigido por Dietrich Bonhoeffer na virada 1942 para 1943, em que ele analisa a década transcorrida entre a ascensão do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães e o período de redação do texto, investiga-se que tipo de ética ele propõe para aquele período de exceção em que todas as referências institucionais e culturais desapareceram. Examina-se parcialmente o texto da ética em que Bonhoeffer trabalhava quando foi preso pelas forças nazistas. Num segundo momento, a reflexão proposta pelo autor é colocada em contexto ampliado, lançando mão das contribuições de pessoas que também se envolveram no esforço de pensar aquele momento, desentranhando daquela situação a noção de responsabilidade como única ação possível em um estado de exceção. Em um momento em que o tema do fascismo se coloca novamente na ordem do dia este exame a questão responsabilidade cobra novamente sua hora.</p> <p>Palavas-chave: Estado de Exceção. Fascismo. Ética. Responsabilidade.</p> Valério Schaper
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2024-07-052024-07-05641Bonhoeffer e Lutero
http://198.211.97.179/periodicos_novo/index.php/ET/article/view/2705
<p>O presente artigo tem como objetivo promover o diálogo entre a teologia Bonhoeffer e de Lutero a partir do problema da superioridade racial. Ele reforça a tese que a correta interpretação da teologia de Bonhoeffer precisa sempre ser concebida em seu diálogo com a teologia de Lutero. Trata-se de uma análise de natureza literária. Constata-se um duplo movimento, a saber, que a teologia de Lutero forneceu a base para a reflexão e ação de Bonhoeffer quanto à questão racial e, ao mesmo tempo, Bonhoeffer corrigiu os equívocos interpretativos da teologia de Lutero e atualizou sua herança teológica para a atualidade. Deste modo, o diálogo entre Bonhoeffer e Lutero é (sempre) necessário e atual porque traz referenciais para o discernimento teológico.</p>Wilhelm WachholzDjonata Brüning
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2024-07-052024-07-05641A Suspensão da Ética
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<p>O presente artigo realiza uma análise textual do primeiro capítulo da obra <em>Ética </em>do teólogo alemão Dietrich Bonhoefffer, “O amor de Deus e a decadência do mundo”, em um esforço exegético, e empreendendo uma releitura e discussão a partir do mesmo a respeito dos limites da ética cristã. Discute sobre a relação entre o conhecimento do bem e do mal e a queda da humanidade e argumenta que o conhecimento ético nasce da separação entre o ser humano e Deus, o que resulta em uma visão do ser humano centrada em si mesmo e na objetificação do outro, apresentado a partir do conceito de encobrimento. O artigo destaca ainda que o conhecimento ético resultante da queda é caracterizado por um conflito constante entre o bem e o mal, definida como ética escatológica, e que a verdadeira liberdade e reconciliação vêm da graça de Deus, que rompe com a necessidade de autojustificação e de heroísmos éticos e conduz a um relacionamento autêntico com o próximo. A suspensão da ética, pretensão do artigo, consiste que a graça está ancorada na abdicação humana em construir qualquer mérito ético a partir de si mesmo.</p>Pablo Fernando Dumer
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2024-07-052024-07-05641ENTRE O NUMINOSO E A PSICOSE
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<p><span style="font-weight: 400;">Ao longo dos séculos, a religiosidade passou a desempenhar um papel importante na constituição da subjetividade humana. Atualmente, a área de estudos denominada Psicologia da Religião (PR) e da Espiritualidade tem Carl Gustav Jung como um de seus precursores. Entre os principais interesses de Jung, estão as chamadas “experiências anômalas” (EAs), ou seja, experiências que desafiam explicações ordinárias para alguns fenômenos, tais como: experiências de saída do corpo, experiências místicas e curas. Apesar de ter escrito sobre tais experiências e ter ele próprio relatado algumas delas, poucos são os estudos que apresentam a visão das experiências anômalas sob a perspectiva da Psicologia Analítica. Por conta disso, o objetivo desse artigo é reunir a grande área dos estudos sobre o comportamento religioso, ou seja, a Psicologia da Religião, com a compreensão das experiências anômalas, a partir do ponto de vista de um dos maiores pesquisadores e teóricos dos últimos tempos: Carl Gustav Jung. Para tanto, fizemos uma breve apresentação da área da Psicologia da Religião, bem como das experiências anômalas. Em seguida, realizamos um relato dos fenômenos anômalos na vida de Jung e revisamos os principais conceitos da Psicologia Analítica. Destacamos seu importante papel no diagnóstico diferencial entre o Numinoso e a Psicose, mostrando a importância de retomar uma conexão pessoal com o Sagrado. Futuros estudos poderão aprofundar os conceitos da Psicologia Analítica, oferecendo estratégias psicoterapêuticas para diferenciar experiências saudáveis e patológicas.</span></p>Rosane Goerg OriquesLetícia Oliveira Alminhana
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2024-11-052024-11-0564110.22351/et.v64i1.954A relação entre sangue-que-será-derramado e remissão dos pecados em Mateus 26,28
http://198.211.97.179/periodicos_novo/index.php/ET/article/view/1407
<p>O presente artigo procura compreender qual a relação entre o derramamento do sangue de Jesus e a remissão dos pecados apresentada na narrativa da ceia, em Mateus 26,28. Essa relação é exclusiva do texto mateano e, por essa razão, debruçamo-nos sobre o contexto redacional deste evangelho. Depois, buscamos situar a perícope estudada a partir dos âmbitos litúrgico e histórico. Retomamos a aliança do Sinai, a significação do sangue e do vinho; por fim, a compreensão judaica e, depois, judaico-cristã acerca do pecado e da remissão. O modelo de leitura tipológica da Bíblia norteou a pesquisa. O resultado aponta que o texto mateano concorda com a teologia judaica acerca do pecado, do sacrifício redentor e da justificação. Essa mesma teologia fundamenta o Novo Testamento e as celebrações das ceias cristãs atualmente.</p>Daniel Carvalho da SilvaJosé Reinaldo Felipe Martins Filho
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2024-07-102024-07-1064110.22351/et.v64i1.1407Teologia pública, igreja e sociedade
http://198.211.97.179/periodicos_novo/index.php/ET/article/view/946
<p><span style="font-weight: 400;">Na última década, a Teologia Pública vem se desenvolvendo no Brasil como um profícuo campo de reflexão teológica. Este estudo objetiva destacar alguns elementos da Teologia Pública, a partir das contribuições de Bonhoeffer, Tillich, Tracy e Sinner, a fim de aprofundar sua importância para a sociedade e, em especial, no campo da saúde. O estudo é básico, exploratório e bibliográfico; a revisão tem cunho narrativo. Os resultados apontam que os referidos autores vêm se constituindo como referenciais teóricos para a Teologia Pública no Brasil. Destaca-se o consenso teórico-conceitual entre eles, apesar dos contextos distintos em que cada um desenvolveu seu pensamento; o ponto em comum é o compromisso da reflexão da fé como horizonte de sentido frente às demandas sociais. O estudo salienta o caráter essencial de diálogo constante da Teologia com os diferentes espaços públicos, a sociedade mais ampla, a Academia e a Igreja. Um exemplo de campo de atuação e lócus teológico que representaria uma ponte entre Academia e Sociedade é o contexto do cuidado espiritual às pessoas idosas residentes em Instituições de Longa Permanência que, entretanto, ainda é pouco explorado pela Teologia. </span></p>Elaine Pinheiro Neves de MacedoMary Rute Gomes Esperandio
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2024-09-242024-09-2464110.22351/et.v64i1.946O tempo messiânico e a provisoriedade do tempo político
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<p>O tema deste ensaio discorre sobre o tempo messiânico e a relatividade do tempo político. O uso do mundo é condição e possibilidade de se viver o novo <em>éon</em>, a nova vida em Cristo, e o político faz parte dessa provisoriedade. Esse tema é abordado a partir do filósofo italiano Giorgio Agamben, em diálogo com autores da teologia, em especial o reformador Martinho Lutero. Ambos os autores são intérpretes do apóstolo Paulo, que tomam a carta aos Romanos como fundamento de seu pensamento. O problema está relacionado à interpretação messiânica de políticos brasileiros, que desconsideram a dimensão do tempo messiânico, o qual rompe com toda a possibilidade de entronização de messias políticos. O objetivo deste ensaio é analisar o conceito de tempo messiânico e buscar reflexões teológicas úteis para posicionamentos políticos relevantes. A metodologia é bibliográfica e conceitual, com foco na obra “O tempo que resta: Um comentário à <em>Carta aos Romanos</em>”, de Agamben. Como resultado, busca-se clarificar conceitos sobre a profanação das coisas do mundo a partir do tempo messiânico, como crítica aos messianismos políticos e religiosos.</p>Euler Westphal
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2024-09-302024-09-3064110.22351/et.v64i1.1455A formação do livro de Números no contexto da composição pós-exílica do Pentateuco
http://198.211.97.179/periodicos_novo/index.php/ET/article/view/898
<p>Esse artigo objetiva analisar a formação do livro de Números no contexto pós-exílio da composição do Pentateuco. Foi discutida a existência e coerência literária de um Triateuco de organização sacerdotal, cujo final era Lv 26, o qual estabelece relações literárias com textos precedentes e com o Deuteronômio. Então, analisamos a formação de Números pelas teorias que o posicionam próximo da redação final do Pentateuco, como ponte entre Gênesis–Levítico e Deuteronômio e entre a teologia sacerdotal e deuteronomista. A formação do livro compreende sucessivas redações suplementares aos textos existentes, com adaptações e comentários, o que é conhecido como <em>Fortschreibung</em>. Esse modelo tem implicações na pesquisa em Números. A busca pelo sentido do texto deve ser feita investigando a construção ideológica e teológica que está na base dos projetos literário-teológicos no período persa. Literariamente, o livro de Números deve apresentar conexões temáticas e estruturais com textos de Gênesis–Levítico e do Deuteronômio/História Deuteronomista. Isso demanda teorias explicativas sobre como esses materiais foram agrupados, justapostos e interpretados, uma vez que o processo redacional e editorial certamente não foi o mesmo que o do Triateuco e do Deuteronômio.</p>Fabrizio Zandonadi CatenassiVicente ArtusoLuiz Alexandre Solano Rossi
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2024-07-052024-07-0564110.22351/et.v64i1.898Salir a la luz como ser humano
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<div><span lang="ES-PE">En la práctica religiosa y en la antropología del protestantismo, el ser humano aparece principalmente como el pecador que no puede ni debe hacer nada para ser salvado de su miseria. Correspondientemente, se enfatiza la dinámica autodestructiva de la humanidad, o, alternativamente, su necesidad de salvación ante la existencia del pecado, de la muerte y del demonio – y ante las fatales consecuencias de su propia autonomía. Lo que falta es una definición antropológicamente coherente que no se enfoque solamente en aspectos soteriológicos y en contradecir unilateralmente a cualquier principio de rendimiento, sino que tome en cuenta al ser humano como sujeto de su propia vida, poseedor de juicios propios, decisiones fundamentadas y una voluntad propia y clarificada. Sin estos instrumentos del arte de vivir, las personas no pueden dedicarse a su vida con entrega y pasión, no pueden estar realmente presentes en ella. La única práctica religiosa que corresponde a la cultura de fe cristiana es aquella que permite al individuo salir a la luz como ser humano. Esta contribución expone las razones y perspectivas de este enfoque.</span></div>Wilfried Engemann
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2024-07-052024-07-05641Editorial
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Pablo Fernando DumerCarlos CaldasWilhelm SellCarolina Bezerra de Souza
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2024-07-052024-07-05641Expediente
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Carolina Bezerra de Souza
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2024-03-042024-03-04641