A IMPORTÂNCIA DOS RITOS DE PASSAGEM NA ADOLESCÊNCIA:
UM ESTUDO DE CASO
Mots-clés :
Adolescência, ritos de passagem, vida adultaRésumé
O artigo traz uma reflexão sobre a importância e a pertinência dos ritos de passagem na adolescência e quer ver em que medida estes podem auxiliar adolescentes a fazerem a transição da infância para a vida adulta. A adolescência, nas sociedades ocidentais, é uma etapa preparatória para a adultez e de espera para a integração no mundo das pessoas adultas. Contardo Calligaris afirma que o problema para adolescentes é a duração desta fase, pois a sociedade impõe uma moratória sem prazo de duração. Como se sai da adolescência? Para esta pergunta não há uma resposta precisa. Em outros tempos e em diferentes culturas havia (e ainda há) ritos de passagem, mas nos dias de hoje adolescentes não são mais ajudados a fazer a passagem por meio de ritos. Françoise Dolto afirma que adolescentes não são mais levados/as em conjunto e solidariamente de uma margem para a outra, mas devem fazer a travessia individualmente, o que pode gerar angústia, medo e solidão. Como os ritos de passagem podem contribuir para que adolescentes possam ser auxiliados/as e acompanhados/as na “travessia”, quando experimentam os ritos preliminares (a separação) e os liminares (a margem), e assim serem conduzidos/as de uma margem a outra? Sobre estas questões este artigo quer refletir e trazer elementos e questionamentos. A pesquisa traz uma revisão bibliográfica e o resultado de uma pesquisa social, metodologicamente definida como estudo de caso, que apresenta dados sobre um rito de passagem oferecido para adolescentes nas comunidades luteranas.