O TEMPO SOMBRIO DAS ACUSAÇÕES AOS CRISTÃOS NOS DOIS PRIMEIROS SÉCULOS DO CRISTIANISMO
Palabras clave:
Pensar Teológico, Perseguição aos cristãos, Defesa da féResumen
Enquanto este mundo existir, todos terão alguma dificuldade, cujo objetivo é, no mais profundo, o amadurecimento. Há tempos alegres e tempos sombrios. O autor do livro de Eclesiastes (3,8), com sua sabedoria, afirmou: “há tempo de guerra e tempo de paz (ARA)”. A síntese histórica que este artigo descreve é restrita aos dois primeiros séculos da era cristã. Seu objetivo é descrever as dificuldades que os cristãos e seu pensar teológico tiveram neste período. O pensar teológico cristão trata-se da unidade da fé e da razão – elementos necessários para que os cristãos soubessem agir com sabedoria diante das autoridades romanas. Enquanto estas enalteciam o culto do Imperador, os cristãos respondiam com respeito, obediência ao que não era contrário à sua fé e intercessão pelas autoridades e pelo Império. O público acusava os cristãos de três atitudes: ateísmo, imoralidade e antropofagia (ou assassinato). Levantaram-se para estudar os argumentos pagãos e respondê-los, alguns eruditos cristãos: Justino, filósofo e Mártir (c.: 100 – 165), Teófilo de Antioquia († 186), Atenágoras, filósofo de Atenas (c.: 133 – 190) e Tertuliano de Cartago (155 – 220). Estes se colocaram como porta-vozes da Igreja, defendendo o nascente pensar teológico cristão, utilizando fé, razão, respeito e diálogo.