A presença negra no Amapá
discursos, tensões e racismo
Palavras-chave:
População negra, Políticas governamentais, Resistência, Racismo, AmapáResumo
Este texto tem por objetivo discutir sobre a presença negra no Amapá: discursos, tensões e racismo. A criação dos territórios federais na Amazônia e a vinda do capitão Janary Gentil Nunes para o Amapá durante o governo de Getúlio Vargas desencadeou ao longo dos anos, uma série de tensões, discursos e processos discriminatórios para a população negra na capital do Amapá. A chegada de Janary Nunes à Macapá, no ano de 1944, provocou uma série de transformações sociais, econômicas, políticas e urbanas, pois o governo estava por consolidar seu projeto de povoar, sanear, educar o território amapaense. Em Macapá, com a abolição dos escravos, os governantes se sentiram incomodados pela cotidiana presença dos negros na capital amapaense e por isso, decidiram transferi-los, segregá-los e excluí-los para a periferia de Macapá. A partir da chegada de padres italianos no Estado, houve um grande movimento repressivo das manifestações culturais africanas. Entretanto, a invisibilidade dos negros no Amapá, não se resume somente aos aspectos físicos. Ela também se manifesta em termos simbólicos. No âmbito educacional, essa invisibilidade ganha corpo e forma nas ausências e critérios do negro nos currículos escolares e nos discursos distantes da prática.
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