Pensar a redenção na intra-história em chave pós-moderna

Autores

  • Cleusa Caldeira Faculdade Jesuíta de Filosofia e teologia (FAJE)
  • Antonio Carlos Barro FTSA

DOI:

https://doi.org/10.22351/et.v63i2.812

Palavras-chave:

Redenção, Humanização, Subjetividade, Potências de experiência

Resumo

Com este texto, deseja-se sinalizar o caminho da redenção possível em chave pós-moderna. Parte-se da constatação de que a crise com dimensões planetárias na contemporaneidade tem suas raízes no advento da modernidade, com a expulsão das metáforas da transcendência e da afirmação da onipotência do sujeito moderno para a salvação da humanidade. Essa crise está marcada pelo desmantelamento do sonho da onipotência infantil e suas pretensões de totalidade, pois os mitos modernos e, com eles, os mitos próprios do cristianismo, ruíram, conduzindo à desesperança em tempos de fragmentos. Por outro lado, o colapso do sujeito moderno possibilita a emergência da subjetividade em sua constitutiva vulnerabilidade e abertura à alteridade e à transcendência. Sob o pathos cultural do niilismo pós-moderno, o caminho da redenção parece passar pela reabilitação das potências de experiência: o desejo, a memória e a imaginação. Isso significa afirmar que, pela imanência da subjetividade exposta e radicalmente aberta, é possível entrar no limiar escatológico do real, do qual o cristianismo se apresenta como portador e indicador.

Biografia do Autor

Cleusa Caldeira, Faculdade Jesuíta de Filosofia e teologia (FAJE)

Atualmente desenvolve pesquisa pós-doutoral em teologia na Faculdade Jesuíta de Filosofia e teologia (FAJE), 2019. Concluiu uma pesquisa pós-doutoral na PUCPR, em 2018. Possui doutorado em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE) em Belo Horizonte (2017). Mestrado em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2011). Especialização em Fundamentos da Ética, no programa de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2009). Bacharelado em Teologia pelo Seminário Rev. Antonio de Godoy Sobrinho (2003) e especialização em teologia pela UNIFIL (2007), ambos em Londrina-Pr. Pesquisa sobre o acontecimento da redenção em contexto pós-moderno. Atualmente se propõe a desenvolver uma Teologia Negra Fundamental na interlocução com o pensamento decolonial, com a reabilitação do pensamento negro crítico: Frantz Fanon, Achille Mbembe e outros. Tem interesse especial nos temas: niilismo pós-moderno, pós-modernidade, experiência religiosa e o evento da subjetividade, teologia negra, hermenêutica negra feminista, leitura popular da Bíblia, pensamento decolonial, diálogo inter-religioso. Por sua inovação, suas pesquisas ganham dimensões internacionais com a participação do Congresso da Revista Concilium e também no Simpósio da ASETT [ASSOCIAÇÃO ECUMÊNICA DE TEÓLOGAS E TEÓLOGOS DO TERCEIRO MUNDO]. Membro da Soter ( Sociedade de Teologia e Ciências da Religião). Membro do Núcleo Ecumênico e de Diálogo Inter-religioso da PUCPR.

 

Antonio Carlos Barro, FTSA

Doutor em Estudos Interculturais - Fuller Theological Seminary (1993). Foi Diretor Geral  da Faculdade Teológica Sul Americana (FTSA). É professora na FTSA.  Membro da Junta Diretiva do Programa Doutoral Latino Americano (PRODOLA). Atua também como Professor Colaborador do South African Theological Seminary, África do Sul. Seu curso de Doutorado realizado no exterior foi APOSTILADO pela: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro,

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Publicado

2024-05-10

Como Citar

Caldeira, C., & Carlos Barro, A. (2024). Pensar a redenção na intra-história em chave pós-moderna. Estudos Teológicos, 63(2). https://doi.org/10.22351/et.v63i2.812