“E eu não sou uma bicha preta pentecostal?”
Adesão a igrejas inclusivas e ressignificação de vidas pretas
Palavras-chave:
Igreja inclusiva pentecostal, Raça, Sexualidade, GêneroResumo
As igrejas inclusivas celebram a sexualidade “dissidente” como um dom do Deus criador. Elas surgem de lutas políticas, sociais e religiosas dos LGBTQI+ e, no Brasil, firmam-se na disputa pela identidade evangélica há aproximadamente 20 anos, reunindo uma diversidade de pessoas em termos de classe, faixa etária, gênero, sexo e raça. Apesar da grande diversidade existente nas igrejas inclusivas, as pesquisas sobre essas comunidades no Brasil têm dedicado pouca atenção especialmente aos aspectos relativos à participação e liderança de pessoas negras em suas fileiras. O presente artigo aborda essa participação e objetiva demonstrar a importância das igrejas inclusivas no processo de ressignificação das vidas de bichas pretas pentecostais diante da exclusão social por preconceito sexual, racial e religioso. Além de pesquisa bibliográfica, foram entrevistados três homens gays pentecostais cujas trajetórias religiosas em busca de acolhimento religioso se encontraram em uma das igrejas inclusivas mais pretas do Brasil: a Comunidade Nova Esperança.
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