Práticas antípodas para uma agenda reacionária
Políticas públicas para as mulheres brasileiras entre 2019-2022
Palavras-chave:
Moralização do gênero, Estudos de gênero, Ideologia de gênero, Agenda reacionária.Resumo
Este artigo é resultado de uma reflexão acerca da tentativa de moralização da categoria gênero como estratégia para abordagem das relações sociais de gênero no âmbito dos espaços das políticas públicas desenhadas para a sociedade brasileira no período compreendido entre 2019 e 2022, notadamente as ações voltadas para as mulheres, durante o governo do presidente Jair Bolsonaro e a gestão da ministra Damares Alves à frente do ministério responsável pela execução de ações para as mulheres. Destacamos o que caracterizamos como formas antípodas de atuação de dispositivos estatais de poder sobre a luta política das mulheres no Brasil, objetivando contribuir com o debate acerca da agenda reacionária que tem buscado capturar as políticas públicas brasileiras, mas também incidir no agendamento da opinião pública, visando deslegitimar a luta política das mulheres nos espaços públicos. Nesse contexto, o artigo aborda em linhas gerais as questões fundamentais que, em nosso entendimento, são importantes para a compreensão de movimentos reacionários à agenda por direitos sexuais e reprodutivos, destacando como considerações gerais a ação articulada de ocupação da esfera pública e da esfera política por grupos reacionários de base religiosa com protagonismo nas
instituições pelas imbricações cada vez mais presentes entre religião e Estado, refletidas na execução de políticas públicas durante o período 2019 a 2022, analisadas a partir de pesquisa documental empreendida neste artigo.
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