CORPAS NEGRAS, EM DIÁSPORA NEGRA, POR EPISTEMOLOGIAS ANTIRRACISTAS, ANTISEXISTAS E FEMINISTA
Construindo agendas positivas para o bem viver
Palavras-chave:
Unilab, currículo, epistemologias antirracistas e antisexistas, escreviênciasResumo
Sou professora, feminista preta, ativista e escritora. filha e neta de trabalhadora doméstica. Como docente da Universidade da Integração da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab-Ce), desde 2016, percebo que mesmo diante de muitos desafios como: a descontinuidade do projeto originário, carência de recursos para a permanência, uma gestão com viés bolsonarista, ainda assim temos tido êxito e acumulado algumas experiências exitosas no ensino, na pesquisa e na extensão. A presente comunicação tem como objetivo, compartilhar minhas experiências como docente da Unilab, de pensar como um currículo contra-hegemônico tem alterado positivamente a minha forma de ser e estar no mundo. Quero compartilhar como tem sido estar à frente das componentes de Feminismo Contra-Hegemônico, Educação e Literatura Negra e Educação, Gênero e Sexualidade nos países da integração tem feito a diferença na minha vida e na vida de discentes negrxs, africanas (os) dos países de língua portuguesa, quilombolas, indígenas, ciganas, pessoas trans e travestis, de terreiro e com medida socioeducativas da Unilab. É um relato de experiência de abordagem qualitativa, com base teórica em “Escrevivência” (Conceição Evaristo), “Pensamento Feminista Negro” de Patrícia Hill Collins e na “Oralidade” de Memórias” de Amadou Hampâté Bâ, autores que enegrecem a produção de saberes tendo como o centro a ancestralidade diaspóricas/africana/negra considerando suas experiências e a oralidade como tradição viva. Desse modo, posso afirmar que esses avanços tem sido importantes para a produção de uma ciência e saberes antirracista e antissexista, mas precisa ser aprimorado, pois os desafios são muitos e passam por questões como: Qual modelo de sociedade e universidade pretendemos construir? Para qual público? Estamos dispostas (os) a aprender com a persistência e luta do movimento negro, movimento quilombola e indígena, dos povos tradicionais, de terreiro, trans e travesti? Pois, as mudanças de fato acontecerão com a presença desses grupos na universidade.
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