A EMANCIPAÇÃO MENTAL DOS AFRICANOS A PARTIR DO PARADIGMA DA PEREGRINAÇÃO DO POVO HEBREU PELO DESERTO EM ÊXODO
DOI:
https://doi.org/10.22351/id.v28i2.2887Palavras-chave:
Cristianismo africano, Descolonização, EmancipaçãoResumo
O povo hebreu se tornou um povo livre e deveria viver como tal. Mas o povo que deixou o Egito não estava livre; ainda estava em cativeiro. Embora tivessem deixado o Egito, o povo hebreu ainda carregava o Egito em suas mentes, em forma de percepções, autodefinições, autorreferência e concepção de realidades. A mentalidade escrava foi se tornando profundamente arraigada nas suas psiques. Os estudiosos judeus sustentam que o povo hebreu peregrinou 40 anos no deserto para recuperar o seu sistema de pensamento judaico centrado em Yahweh. A peregrinação foi um elemento crucial na recuperação e reconstituição de uma identidade e prática judaicas. Dessa forma, as peregrinações pelo deserto poderiam ser consideradas um processo decolonial após a libertação da escravidão egípcia. Assim, pretendemos demonstrar como a experiência do deserto serviu como um processo de libertação (desintoxicação) da mente hebraica da corrupção egípcia e foi fundamental na formação de indivíduos radicalmente segregados em uma nação judaica. Esta análise será apresentada como uma proposta de caminho que os povos africanos podem seguir para a emancipação de suas mentes após a colonização.
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