PRÁTICAS EDUCATIVAS COM PESSOAS NEGRAS NO BRASIL COLÔNIA
INDÍCIOS, MATERIALIDADE E SILENCIAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.22351/id.v28i2.2885Palavras-chave:
História da Educação, Educação às pessoas negras, Brasil colonial, Ratio StudiorumResumo
Na perspectiva da História da Educação, este estudo objetiva analisar as práticas educativas direcionadas às pessoas negras durante o período colonial brasileiro. O referencial teórico-metodológico ancora-se nos estudos da historiografia educacional no Brasil colônia de Gondra & Schueler (2008), Morais (2016) e Casimiro (2007); pelo viés da História da Educação na perspectiva das pessoas negras através dos estudos de Munduruku (2012); Gomes (2017) e Silva (2000); na relação entre instrução e escravidão no período sinalizado nas pesquisas em Santos, Amorim e Nascimento (2017) e nos pressupostos pedagógicos instituídos pelo manual jesuítico do Ratio Studiorum apresentado por Franca (2019). A pesquisa foi permeada pela abordagem qualitativa via pesquisa bibliográfica tendo como método de análise o Indiciário de Ginzburg (1989). Apesar dos marcos regulatórios educacionais nos tempos coloniais terem sidos elaborados conforme os padrões eurocêntricos em alinhamento ao poder político e escravocrata em que se proibia os menos favorecidos o direito à escolarização, os resultados apontaram indícios da existência, restrita e pontual, do acesso à Educação via a materialização de práticas educativas direcionadas às pessoas negras à época investigada. Conclui, porém, também, pela existência desses processos educativos materializados pelo silêncio, exploração e esquecimento para com os sujeitos da pesquisa.
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