“AQUI NÃO DÁ MAIS PEIXE GRANDE NÃO…”

ETNOMATEMÁTICAS DE CRIANÇAS RIBEIRINHAS INFLUENCIADAS PELA HIDRELÉTRICA BELO MONTE

Autores

  • Marcos Marques Formigosa Universidade Federal do Pará
  • Ieda Maria Giongo Universidade do Vale do Taquari

Palavras-chave:

Rio Xingu, Pesca, Crianças, Ensino de Matemática, Multisseriada

Resumo

A pesquisa em questão discute um dos impactos da hidrelétrica de Belo Monte na atividade pesqueira, mais precisamente na comercialização do pescado pelos ribeirinhos de uma comunidade do interior da Amazônia paraense e, consequentemente, nos seus jogos de linguagem. Para tanto, os ancoramos dos estudos teóricos e metodológicos de Ludwig Wittgenstein, em sua obra maturidade, e de Michel Foucault, que tomam a linguagem como elemento de problematização. Desenvolvido com inspirações da pesquisa etnográfica junto a um grupo de alunos dos anos iniciais do ensino fundamental de uma escola multisseriada ribeirinha, por meio de cartografia social, incluindo as narrativas vividas com os alunos. Os dados produzidos a partir de um recorte da cartografia social mostram que as crianças têm um amplo domínio de seu lugar de pertencimento, bem como das atividades ali realizadas, como a pesca, fortemente impactadas após a implantação da hidrelétrica, a partir de suas experiências. Além disso, aponta para a escola, ainda instalada e operando em condições adversas, como um local de aprendizagem de outras linguagens que contribuem para a manutenção das formas de vida mesmo diante desse processo de rupturas e mudanças.

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Publicado

08/15/2023

Como Citar

Marques Formigosa, M. ., & Maria Giongo, I. . (2023). “AQUI NÃO DÁ MAIS PEIXE GRANDE NÃO…”: ETNOMATEMÁTICAS DE CRIANÇAS RIBEIRINHAS INFLUENCIADAS PELA HIDRELÉTRICA BELO MONTE. Identidade!, 28(1), 15–31. Recuperado de http://198.211.97.179/periodicos_novo/index.php/Identidade/article/view/2625