QUANDO PASSAR NA ENCRUZILHADA
Palavras-chave:
Encruzilhada, Exu, Imaginação teórica, Pensamento matemáticoResumo
Não é de hoje que se tematiza a encruzilhada enquanto um símbolo poderoso, capaz de instigar diversas possibilidades analíticas. Partindo da observação dos afro-religiosos, de suas ações e entidades, este ensaio pretende impulsionar as capacidades imaginativas que tais lugares e o deus que é diretamente associado a eles, Exu, podem habilitar. Tanto uns quanto o outro nos induzem a quebrar diversas dicotomias – entre dado e feito, matéria e espírito, problemas e soluções etc. – caso levemos a sério suas potencialidades conceituais. Nestas páginas, que dialogam com as qualidades brincalhonas e insólitas desta divindade, tento atualizar as virtualidades relacionais e imanentes das encruzilhadas e de seu insigne morador por meio do diálogo entre elementos da matemática e de sua filosofia – como a lógica e a teoria de categorias – e as concepções dos cultos afro-brasileiros. Com isso, espero oferecer novos elementos para explorações investigativas e análises simbólicas que contemplem a requintada metafísica destas religiões.
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