UM REINADO NEGRO ATRAVESSADO NO ESPAÇO URBANO
DA EXPERIÊNCIA ABISSAL AO UBUNTU NA GUARDA DE MOÇAMBIQUE DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE POMPÉIA
Palavras-chave:
Reinado, Linhas abissais, Epistemologias do sul, UbuntuResumo
Repositórios da memória centro-africana, predominantemente ágrafa, os Reinados negros evidenciam o cruzamento das culturas, tradições e religiosidades do povo bantu com outros códigos e sistemas simbólicos, tecendo uma identidade afro-brasileira singular. Contudo, o modelo de racionalidade ocidental, que orienta a cultura dita “hegemônica”, ignora e desabilita os conhecimentos e saberes de informação não eurocêntrica, levando ao epistemicídio dessas cosmovisões. O presente texto, elaborado a partir de uma metodologia participativa, articulada entre as ciências da religião e o fenômeno religioso em campo, propõe analisar como as linhas abissais que fundamentam a modernidade (colonialismo, capitalismo e patriarcado) atravessam a experiência do Reinado da Guarda de Moçambique de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, inserida no bairro mais populoso da capital mineira, apresentando a filosofia Ubuntu enquanto paradigma emergente.
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