Lydia Borien
Uma vida dedicada à obra missionária na África do Sul e no Brasil
Palavras-chave:
Lydia Borien, Autobiografia, Mulher, HistóriaResumo
A historiografia, em geral, e da Igreja, em particular, delegou pouco espaço e visibilidade para mulheres. Em 2024, o luteranismo celebra 200 anos de presença no Brasil. Trata-se de uma história de mulheres e homens, jovens, idosos e crianças, cuja história permanece invisibilizada, seja por motivações deliberadas ou falta de fontes de pesquisa histórica. Neste contexto, encontrar fontes autorais de mulheres se constitui em riqueza ímpar para a historiografia. Este é o caso da autobiografia de Lydia Borien, nascida na Prússia Oriental. Lydia se candidatou ao envio como noiva de missionário à África do Sul. Para esta finalidade, em 1º. de outubro de 1863, datou uma autobiografia. Após seu casamento na África do Sul, ela viria com o marido Carl para o Brasil, onde ele atuou como pastor em São Leopoldo/RS, Picada 48/RS, Novo Hamburgo/RS e Taquari/RS. O objetivo deste artigo é resgatar e analisar a autobiografia de Lydia Borien, escrita em alemão e traduzida ao português. Faremos uma contextualização inicial sobre mulheres na história e na historiografia, A seguir, faremos uma contextualização da biografia de Lydia para, finalmente, analisar sua autobiografia a partir de extratos da mesma, em diálogo com o Movimento de Reavivamento do século XIX, cuja espiritualidade ela testemunha.
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