ANÁLISE PSICOSSOCIAL DO MITO DE IEMANJÁ
ESTUDO HERMENÊUTICO DO SIGNIFICANTE VIOLÊNCIA-CRIAÇÃO À LUZ DA SUBJETIVAÇÃO COLONIAL
Palavras-chave:
Sociologia da religião, Psicologia Clínica, Colonialismo, AfroreligiosidadeResumo
A hermenêutica dos mitos evidencia que, em seus diversos componentes narrativos, as produções discursivas mitológicas organizam, legitimam e subvertem a realidade psicossocial das comunidades que os celebram e vivem. O mito e seus símbolos revelam concepções que tanto explicam o mundo em que vive a comunidade humana que o interpreta, como (re)apresentam os contextos vitais que os produziram. Este artigo busca realizar uma leitura psicossocial do Mito de Iemanjá, operando-se uma hermenêutica interdisciplinar em pesquisa bibliográfica a partir da Sociologia da Religião e da Psicologia Clínica. A mitologia iorubá abordada em sua versão utilizada neste trabalho, pode ser compreendida à luz da díade significante violência-criação, como mobilizadores dos sentidos que se encontram presentes em noções de colonialismo racial mercantil, mas também potencialidade criativa e resistência afroreligiosa. Percebeu-se a possibilidade de manejo simbólico do campo da violência presente no mito e articulado nas formas modernas e contemporâneas de rejeição e embate da cultura afrodescendente e os processos de subjetivação atravessados pela inferiorização epidérmica.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 COISAS DO GÊNERO: REVISTA DE ESTUDOS FEMINISTAS EM TEOLOGIA E RELIGIÃO
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.