Para as sobrecarregadas, o descanso de Jesus
Por uma espiritualidade humanizadora das relações na economia do cuidado
Palavras-chave:
Cuidado, Teologia Pública, Feminismo, Religião, EspiritualidadeResumo
A pandemia de COVID-19 no Brasil trouxe, dentre muitas situações difíceis, a atenção e desvelamento de dinâmicas domésticas adoecedoras. Dentre elas, encontram-se as dinâmicas das relações de cuidado. Nas tensões e preocupações sobre o mercado financeiro e o trabalho produtivo, a urgência de cuidado trouxe uma percepção atenta à real importância desse trabalho nos lares, trabalho esse que existe muito antes da pandemia, e o quão defasado ele é em relação ao seu real custo. O trabalho de cuidado não remunerado afeta a vida, tempo, saúde física, mental de quem cuida. Em um espaço como o do Brasil, marcado pelas desigualdades sociais e forte religiosidade, há importância em ressaltar de que tipo de relação de cuidado se fala. Na base teórica tem-se Nadya Araújo Guimarães (2020), Adela Cortina (2020), Maria Clara Bingemer (1999), dentre outras autoras e autores. Essas perspectivas são importantes neste artigo para se propor uma presença de um Deus que também se manifesta no cuidado presente nas relações, que precisa ser refletido e apontado profeticamente em Jesus, Aquele que busca aliviar os fardos da humanidade.
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