Ecofeminismos espiritualistas na América Latina após 1980
Palavras-chave:
Feminismos ecofeministas, Espiritualidades, Relações de gênero, Natureza.Resumo
Nesta pesquisa, investigo pensamentos ecofeministas territoriais latino-americanos em sua historicidade evidenciando trajetórias individuais e de coletivos em cruzamentos interseccionais. Para tal propósito, elenco Rosa Dominga Trapazo e o coletivo Talitha Cumi no Peru, Safina Newbery e o coletivo La Urdimbre de Aquehua na Argentina, Mary Judith Ress no Chile, Ivone Gebara no Brasil e o coletivo Con-spirando, Gladys Parentelli e o coletivo Gaia na Venezuela. O recorte temporal estende-se a partir de 1980, quando houve inúmeros eventos e encontros basilares para alçar as configurações de movimentos ecofeministas comunitários espirituais e da maior presença de ativistas e teóricas com publicações sobre o tema. Proponho uma pesquisa bibliográfica e empírica (entrevistas e relatos) revisando distintas perspectivas conceituais e categorias (heteropatriarcado, corpo-território, economia do cuidado, espiritualidades) que hodiernamente problematizam as relações de gênero em interseccionalidade com o meio ambiente e sua degradação em países da América Latina. Esses coletivos e ecofeministas arvoram um projeto ético e político que propõe uma alternativa à crise ecológica contemporânea, reconhecendo a existência do vínculo entre subordinação e violência contra as mulheres e a destruição da natureza.
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