Nossa Senhora Aparecida

Uma reflexão sobre os paradigmas de poder, liberdade e identidade na disputa pela construção simbólica da Virgem

Autores

  • Giovanna Sarto UFJF

Palavras-chave:

Nossa Senhora Aparecida, Simbologia, Mariologia, Teologia Feminista, Teologia Queer

Resumo

Na presente comunicação, meu ponto de partida será analisar elementos constituintes do Nicho que guarda o símbolo tradicional de Nossa Senhora Aparecida no Santuário Nacional, à luz dos estudos de diversidade sexual e de gênero. Sob a suspeita de que esse símbolo tem sido operado de forma a legitimar uma ordem hierárquica patriarcal, isto é, decente, nos termos de Marcella Althaus-Reid, e que parece assegurar estabilidade a determinadas formas de poder e identidade, afirmarei que tal investida constrói noções de gênero e sexualidade restritivas, que podem ser (e frequentemente são) subvertidas nas formas mais espontâneas da devoção popular. Nesse sentido, perguntarei pelos tipos de poder expressos na construção do símbolo de Nossa Senhora Aparecida, bem como pelas formas de resistência que contrapõem o discurso da oficialidade. Através da Teologia Indecente, especificamente pela metodologia do Círculo Hermenêutico Libertino de Althaus-Reid, apontarei caminhos possíveis para recuperar Nossa Senhora Aparecida como um símbolo da dissidência e da não-conformidade.

Biografia do Autor

Giovanna Sarto, UFJF

Doutoranda em Ciência da Religião pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora. Pesquisadora do REDUGE – Grupo de Pesquisas em Religião, Educação e Gênero. Bolsista CAPES.

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Publicado

2023-12-05