O mito do amor materno na sociedade patriarcal do Brasil

Ser ou não ser mãe (eis a questão!?)

Autores

  • Geovana Maciel da Fonseca URI
  • Luana Maíra Moura de Almeida URI

Palavras-chave:

Maternidade, Patriarcado, Mito do amor materno, Direito de escolha

Resumo

Quando a temática da imposição de comportamentos e vivências às mulheres ganha espaço, percebe-se que a maternidade e a família se tornam sensíveis, pois a principal expectativa da sociedade patriarcalista, que pode ser vista, inclusive, como uma articulação para mantê-la no âmbito privado, é que a mulher exerça o papel de ser mãe, exercendo um cuidado e devoção à prole tal, que as mantenham reclusas a esse ambiente doméstico. Diante disso, a presente pesquisa busca levantar questões de como a escolha de ser ou não ser mãe está atrelada à conveniência do mito do amor, o qual impõe como precípua a naturalização da maternidade, enquanto papel social da mulher e de uma forma de ser mãe, mesmo importando para a construção da biografia do ser a parentalidade ou os cuidados que podem ser exercidos por qualquer dos sexos. Em torno disso, no ideário social a mulher se completa quando se torna mãe, impedindo que haja espaço para a escolha. Assim, tem-se o seguinte questionamento: de que modo o mito do amor materno contribui para uma verdadeira violação do direito à liberdade e autodeterminação das mulheres se a maternidade se impõe enquanto destino certo e não enquanto escolha? Para desenvolver esse tópico, utiliza-se da metodologia de pesquisa bibliográfica, sendo método de abordagem o hipotético-dedutivo e a técnica de pesquisa indireta.

Biografia do Autor

Geovana Maciel da Fonseca, URI

Acadêmica do Curso de Graduação em Direito da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), campus de Santo Ângelo.

Luana Maíra Moura de Almeida, URI

Professora Mestre em Direito pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), campus de Santo Ângelo.

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Publicado

2023-12-05