Mulheres escravizadas como reprodutoras e a negação do direito à maternidade durante a escravidão
Palavras-chave:
Reprodutoras, Maternidade, Mulheres escravizadas, ViolênciaResumo
O presente trabalho tem como objetivo geral compreender que a maternidade, muito exaltada no século XIX, não era estendida às mulheres escravizadas. A imagem da mulher como mãe somente abrangia as mulheres brancas, eis que as negras eram vistas somente como reprodutoras. Por meio de uma abordagem dedutiva e bibliográfica, adota-se como fundamentação teórica as teorias feministas de bell hooks, Ângela Davis e Sueli Carneiro e o problema de pesquisa baseia-se no seguinte questionamento: Como se dava e quais eram as formas de negação da maternidade de mulheres escravizadas diante do contexto histórico de objetificação e sexualização do corpo? Anos depois da abolição da escravidão, às mulheres negras ainda segue sendo negado o direito à maternidade? Como conclusão, mulheres escravizadas eram vistas apenas como reprodutoras de “mercadorias” que garantiam a manutenção do trabalho escravo e, mesmo após anos, o direito à maternidade segue negado às mulheres negras.