A FORÇA DO ESTIGMA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL OITOCENTISTA

Autores

  • Nilene Matos Trigueiro
  • Ricardo de Figueiredo Lucena

Palavras-chave:

representação social, estigma, escravidão

Resumo

A forte presença negra não impediu que estes indivíduos passassem despercebidos na representação social das cidades brasileiras, no século XIX. A elite negava-se a aceitar a cultura e qualquer tipo de inclusão do negro escravizado em seus espaços públicos de convivência. Jornais, revistas, obras de arte os omitiam para retratar a vida da elite branca, suas conquistas e comportamentos percebidos como civilizados. No intuito de preservar a identidade e afirmar a sua superioridade, o grupo dominante utilizou-se de estigmas que inferiorizavam e denegriam a imagem do negro. Provas desse comportamento não faltam, em autores como Rego e Freyre, cujo olhar transformava o estigma social em justificativa biológica, para construir a imagem do negro como um indivíduo dependente das benesses do branco. Diante desse contexto, as primeiras leis de combate à escravidão tornaram-se insuficientes para garantir o direito pleno à liberdade e a cidadania dos ex-escravos que, temendo retornar a sua condição anterior, desenvolviam artimanhas e lutavam para se defender do estigma da escravidão.

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Publicado

08/10/2021

Como Citar

Nilene Matos Trigueiro, & Ricardo de Figueiredo Lucena. (2021). A FORÇA DO ESTIGMA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL OITOCENTISTA. Identidade!, 23(2), 131–148. Recuperado de http://198.211.97.179/periodicos_novo/index.php/Identidade/article/view/746

Edição

Seção

RELIGIÃO, IDENTIDADE E HISTÓRIA