A CONSTITUIÇÃO DO PENSAMENTO NEGRO NO CEARÁ ATRAVÉS DO GRUPO DE UNIÃO E CONSCIÊNCIA NEGRA. PRESSUPOSTOS ONTOLÓGICOS E EPISTEMOLÓGICOS
Palavras-chave:
Movimento Negro, identidade, resistência, militânciaResumo
Este resumo científico aborda a construção da identidade negra a partir dos saberes endógenos africanos. No movimento negro no Ceará houve um período de formatação da consciência dos militantes. E Munanga (2019) alicerça ao afirmar: “aqui se situa o discurso da elite negra militante que, ao fazer uma seleção nos conteúdos da memória, retém principalmente a “negritude” (SOUSA, 2006) como base na formação de sua identidade contrastiva em oposição à identidade do opressor.” O caráter contrastivo da identidade étnica é seu forte teor “oposição” com vistas a afirmações individual ou grupal, formulação presente em todos os demais e motivo dos comentários que se pretende fazer aqui, inclusive retomando-se a questão preliminar: mas, afinal, o que é identidade? (CORTEZ, 1976). A identidade contrastiva, continua o autor, “parece se constituir na essência da identidade étnica, isto é, a base da qual está se define. Implica a afirmação do nós diante dos outros. É uma identidade que surge por oposição. Ela não se afirmar isoladamente. No caso da identidade étnica ela se afirmar “negando” a outra identidade, etnocentricamente, por ela visualizada (CORTEZ, 1976). A identidade, conforme Reali (1994) aponta caminho ao Ser: “Disponho-me, com efeito, a mostrar-te qual seja o tipo de causa em torno do qual apliquei meus esforços e, por isso, retorno às coisas já tão conhecidas e a partir delas recomeço, estabelecendo como fundamento que existia um Belo em si e por si, um bom em si e por si, um Grande em si e por si, e assim por diante.
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