NARRATIVAS DE VIDA SOB A EPISTEMOLOGIA DO FEMINISMO NEGRO
Análises comparativas para a pesquisa em História das Américas
Palavras-chave:
Feminismo Negro, Narrativas de vida, Estados Unidos, BrasilResumo
O avanço do Feminismo Negro evidencia a necessidade de se pensar abordagens, fontes e métodos diversificados para alcançar as experiências e subjetividades das mulheres negras na diáspora. É nesse sentido que objetivamos pensar as narrativas de vida produzidas por mulheres negras ou sobre elas, como nos casos de fontes escritas/narradas por homens negros que perceberam seu protagonismo na história. Através de tais fontes, discutiremos as interseccionalidades de classe, raça, gênero e território, com base em bell hooks, Angela Davis e Patrícia Hill Collins, Lélia Gonzalez e Beatriz Nascimento e Carolina Maria de Jesus. Cabe pensar sobre regimes de trabalho, sociabilidades, circulação, resistência aos poderes hegemônicos, bem como questões próprias da maternidade e limitações legais e conservadoras sobre as mulheres. Dialogaremos com propostas da afrocentricidade, destacando os interesses e mobilizações das africanas/afrodescendentes para compreender suas ações. E nos esforçamos por uma história comparada entre as experiências narradas nos Estados Unidos, no século XIX, e suas continuidades ao longo do tempo, especialmente para mulheres quilombolas no Brasil, do século XXI. Os resultados fortalecem a luta antirracista, antipatriarcal e anticapitalista, empoderando mulheres a perceberem a agência de mulheres negras ao longo do tempo, rompendo com o discurso tradicional, que foca nas limitações delas ao espaço doméstico ou privado. Esse trabalho é fruto de duas pesquisas de Pós-Graduação em História, no PPGHIS-UFC, financiadas pela Capes e CNPq.
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