RAÍZES E RESILIÊNCIAS
Fanzines que marcam histórias e celebram heróis
Palavras-chave:
Negros, Fazine, Práticas Pedagógicas, Língua PortuguesaResumo
A história do negro no Brasil foi, por muito tempo, tratada de maneira genérica, retratando-o como uma vítima passiva do sistema mercantil e colonial. Sua memória foi negligenciada em uma sociedade influenciada pela predominância do binômio católico-europeu, que supostamente serviu como a base de nossa nacionalidade. Segundo Souza e Costa (2021), nessa perspectiva, o negro foi negado o papel de protagonista ativo em sua própria história e sua influência como agente histórico na luta pela abolição foi omitida. Portanto, promovemos um projeto de produção de fanzines, um gênero textual conciso que facilita a escrita rápida e a apresentação dos alunos, com estudantes do nono ano de uma escola municipal em Fortaleza, situada em uma região periférica predominantemente frequentada por alunos marginalizados, que foram orientados a criar fanzines. Esse gênero também é marginalizado no processo de pesquisa, ensino e produção de textos em Língua Portuguesa. Os fanzines abordaram temas relacionados aos marcos legais, figuras importantes e movimentos negros ao longo da história mundial. Após a produção dos fanzines, os alunos os apresentaram à escola. Nesse contexto, compreendemos nossa missão como educadores comprometidos com uma ética que valoriza a vida: agir e semear raízes antirracistas sempre que possível, aproveitando as oportunidades que as circunstâncias proporcionam. Apesar das adversidades, notamos avanços significativos nas práticas pedagógicas antirracistas em nossa escola. Isso fortalece nosso compromisso em promover a educação para as relações étnico-raciais sob a perspectiva dos direitos humanos, garantindo que todos, especialmente grupos marginalizados, como negros e indígenas, tenham suas culturas, histórias, patrimônios, memórias e conhecimentos valorizados, e que seus direitos sejam plenamente reconhecidos.
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