UMA ANÁLISE INTERSECCIONAL DA CATEGORIA MULHER E OS DESAFIOS DO MOVIMENTO “MINDJER IKA TAMBUR” NA GUINÉ-BISSAU
Palavras-chave:
Violência, mulher, colonização, interseccionalidadeResumo
Desde a gênese da humanidade, a mulher foi designada de parceira do homem, porém as interpretações e aplicações práticas foram se distanciando dessa realidade ao longo do tempo, principalmente nas sociedades ocidentais. Com a colonização das sociedades africanas, especificamente da Guiné-Bissau que outrora a mulher era vista como o centro e o princípio organizador da estrutura familiar, foi desmantelado assim como todas as organizações sociais e políticas do território guineense. Com a perda do poder da decisão da matrifocalidade em detrimento do patriarcado europeu alienado a sociedade guineense, a submissão e outras práticas violentas contra as mulheres emergiram dentro da esfera social mesmo depois da independência em 1973, na qual o plano ideológico central era a valorização do endógeno. Este trabalho visa analisar bibliograficamente a situação e o espaço onde as mulheres guineenses se inserem e as situações de violências que atravessam o espaço de convivência delas, sobretudo na esfera política e educacional. Por outro lado, a análise baseada na interseccionalidade foi importante para explicar esta dinâmica. O movimento “Mindjer ika Tambur” que significa mulher não é tambor, é uma organização não governamental de jovens ativistas unidas com o propósito de lutar pelos Direitos Humanos das mulheres e das crianças. A discussão sobre o gênero e as suas implicações negativas dentro da sociedade guineense, tem sido colocado de lado, pelas instituições alienadas às estruturas de dominação patriarcal por muito tempo, mas há quatro anos atrás, as mulheres se levantaram para discutir o seu enquadramento dentro da sociedade e determinadas a lutar pela igualdade.
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