O USO DA MEMÓRIA COMO FONTE EM SALA DE AULA
Um estudo de caso a partir da inserção dos mestres e mestras da cultura na escola Neide Tinôco, Itapaí/Redenção - Ceará
Palavras-chave:
Memória, escola, fontes, ancestralidadeResumo
No presente trabalho, buscou-se analisar a utilização da oralidade e da memória no ambiente da educação infantil como uma proposta pedagógica possível na construção identitária dos alunos, descentralizando o ideal de fonte escrita e oficial como único meio possível na produção e articulação de conhecimento no campo das ciências humanas. A metodologia se deu a partir da observação do evento produzido pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID, subprojeto pedagogia/Unilab na Escola de Educação Infantil e Fundamental, Neide Tinôco, localizada na comunidade do Itapaí, em Redenção. O evento consistiu em duas etapas, sendo a primeira a entrevista com os mestres e mestras da cultura que residem na localidade, para isso foram escolhidas quatro pessoas que tenham influência histórica no município e que através da oralidade historicizavam o território em que moravam, denotando laços de sociabilidades. A segunda etapa consistiu em promover um encontro presencial entre os mestres e mestras da cultura e os alunos da educação infantil e fundamental I na escola. O objetivo desta segunda parte foi promover um encontro entre diferentes gerações que vivenciam o território da localidade do Itapaí, construindo, a partir da memória, laços de sociabilidade, formação e reconhecimento de uma identidade comum, além de historicizarem as experiências dos alunos em relação ao território que vivem. Como resultado desta análise, foi possível constatar previamente que a memória é uma fonte importante no ambiente escolar, capaz de promover uma ancestralidade comum que fica implícita no imaginário dos alunos e que em determinados momentos ela surge, falamos da memória coletiva. Iniciativas que tendem a inserir metodologias que historicamente foram silenciadas enquanto fontes possíveis de produção e articulação de conhecimento delineiam uma cosmovisão de sociedades que foram negadas de espaços educacionais oficiais, gerando o mito de que se não houvesse escrita, não haveria história.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.