ALUVAIÁ:

EPISTEMOLOGIA DA ENCRUZA DOS PÉS DESCALÇOS

Autores

  • Yashodhan Abya Yala Comunidade Kilombola Morada da Paz – Território de Mãe Preta CoMPaz

Palavras-chave:

Espiritualidade afrobudígena, Comunidade kilombola, Epistemologia da encruza

Resumo

São quatorze passos até o peji de Şorokè desde a porteira. Inclina-se os joelhos e curva-se até bem próximo do chão e numa sequência de três movimentos se  oferece nove palmas. O paô abre o  cosmos. Para adentrar o campo da  encruzilhada, morada de Eşú, é necessário respeitar o rumbé. A partir daí intersomos com as Divindades que exercem papel preponderante como referenciais a serem consultados; seguidos; observados. Intersomos nos constituindo como pessoas no mundo. No espaço do sentirpensar. Interser e sentirpensar são elementos constitutivos da episteme do terreiro. No terreiro a ciência, hierárquica, é circular. Composta por múltiplos elementos. Para cada campo do saber é necessário percorrer diferentes caminhos metodológicos. Cada sequência do paô segue um percurso que formam as encruzilhadas e todas elas obedecem a uma diretriz – o que é oferecido e recebido deve ser distribuído. A encruza é intersecção. 

Biografia do Autor

Yashodhan Abya Yala, Comunidade Kilombola Morada da Paz – Território de Mãe Preta CoMPaz

Yalasé da Nação Muzunguê. Sangoma da Casa da 7° Ordem. Omo Orisá. Pós-Doutora em Políticas Sociais pela Universidade de Coimbra/CES. Doutora em Serviço Social/PUC-RS. Guiança Inspiradora da Comunidade Kilombola Morada da Paz – Território de Mãe Preta CoMPaz. Triunfo, RS, Brasil. Contato: moradadapaz@gmail.com.

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Publicado

11/16/2022

Como Citar

Yala, Y. A. (2022). ALUVAIÁ:: EPISTEMOLOGIA DA ENCRUZA DOS PÉS DESCALÇOS. Identidade!, 27(1), 120–136. Recuperado de http://198.211.97.179/periodicos_novo/index.php/Identidade/article/view/2068

Edição

Seção

RELIGIÃO, IDENTIDADE E HISTÓRIA