ALUVAIÁ:
EPISTEMOLOGIA DA ENCRUZA DOS PÉS DESCALÇOS
Palavras-chave:
Espiritualidade afrobudígena, Comunidade kilombola, Epistemologia da encruzaResumo
São quatorze passos até o peji de Şorokè desde a porteira. Inclina-se os joelhos e curva-se até bem próximo do chão e numa sequência de três movimentos se oferece nove palmas. O paô abre o cosmos. Para adentrar o campo da encruzilhada, morada de Eşú, é necessário respeitar o rumbé. A partir daí intersomos com as Divindades que exercem papel preponderante como referenciais a serem consultados; seguidos; observados. Intersomos nos constituindo como pessoas no mundo. No espaço do sentirpensar. Interser e sentirpensar são elementos constitutivos da episteme do terreiro. No terreiro a ciência, hierárquica, é circular. Composta por múltiplos elementos. Para cada campo do saber é necessário percorrer diferentes caminhos metodológicos. Cada sequência do paô segue um percurso que formam as encruzilhadas e todas elas obedecem a uma diretriz – o que é oferecido e recebido deve ser distribuído. A encruza é intersecção.
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